Em 2020, o contrato de gestão da cinemateca com a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp) foi encerrado sem a contratação de uma nova organização social para garantir a continuidade das atividades da instituição. Naquela época, a sede localizada na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, enfrentou problemas como contas de eletricidade em atraso e a suspensão de serviços terceirizados, como segurança, brigadistas e manutenção de ar condicionado.
Além das questões financeiras, a Cinemateca também foi atingida por incêndios ao longo dos anos. Em 2021, parte do acervo da instituição nos galpões da reserva técnica na Vila Leopoldina foi destruída em um incêndio. Anteriormente, em 2016, outro incêndio já havia atingido filmes armazenados na Vila Mariana. A situação é ainda mais complicada devido ao material altamente inflamável usado na fabricação de filmes na primeira metade do século 20.
Com base no acordo atual assinado com o MPF, estão estabelecidas medidas para a preservação da Cinemateca. Caso a União descumpra com as obrigações firmadas, a Justiça Federal pode tomar medidas diretamente, sem a possibilidade de rediscutir a questão. A sentença do juiz Marco Aurelio de Mello Castrianni, da 1ª Vara Cível Federal de São Paulo, destaca que a homologação confere executividade judicial ao acordo, permitindo a execução forçada em caso de descumprimento.
A equipe da Agência Brasil entrou em contato com a Cinemateca e o Ministério da Cultura em busca de maiores esclarecimentos sobre o caso e aguarda resposta para atualizar os detalhes dessa importante questão.