Justiça determina que funcionários do Metrô e da CPTM trabalhem com 80% da capacidade durante greve unificada em SP

Nesta terça-feira (28), está marcada uma greve unificada de várias categorias de funcionários públicos estaduais contra os planos de privatização do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Em resposta a essa greve, a Justiça do Trabalho determinou que os funcionários do Metrô trabalhem com 80% da capacidade total nos horários de pico.

A decisão do desembargador Marcelo Freire Gonçalves, do TRT-2, veio em resposta à paralisação anunciada pelos sindicatos, estabelecendo que o horário de pico no Metrô é das 6h às 9h e das 16h às 19h, sendo que nos demais horários o efetivo mínimo deve ser de 60%.

Além disso, o governo solicitou efetivo total nos horários de maior movimento no transporte, com um pedido fundamentado em um precedente do mesmo tribunal para a greve do dia 3 de outubro. O desembargador Fernando Alvaro Pinheiro, em decisão separada, determinou que os trabalhadores das linhas da CPTM garantam 85% de seu efetivo nos horários de pico e 60% nos demais horários.

Já os serviços da Sabesp devem funcionar com 70% de seu efetivo, segundo decisão do TRT-2. A paralisação deverá contar com trabalhadores da Sabesp, professores da rede pública e servidores da Fundação Casa. No entanto, as linhas 4-amarela, 5-lilás, 8-diamante e 9-esmeralda devem ser mantidas sem afetação pela greve.

Os grevistas pedem a suspensão de projetos de privatização em curso no estado. A greve, que conta também com o apoio de funcionários da Sabesp e professores, também é um protesto contra a previsão de corte de 5% na verba da educação. Por outro lado, funcionários do Metrô e da CPTM defendem que, em vez da paralisação, o governo permita que as catracas sejam liberadas à população. Já o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) rejeita essa possibilidade, afirmando que não há garantia de segurança para as estações.

Em uma tentativa de evitar maiores impactos nos serviços prestados à população, a Justiça do Trabalho impôs multas em caso de descumprimento das determinações, como forma de garantir que a paralisação da greve não cause prejuízos excessivos. A audiência de conciliação marcada para amanhã visa buscar um acordo entre os representantes dos sindicatos e das companhias estaduais, a fim de minimizar os transtornos decorrentes da paralisação. A situação segue em constante desenvolvimento, e novas atualizações certamente surgirão à medida que os eventos se desenrolam.

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