Os condenados, identificados como Pedro Henrique Masjuantorrecilhas, Rui Noronha Sacramento e Mariano Fiore Júnior, receberam a sentença de 15 anos de reclusão pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Vale ressaltar que a pena imposta inicialmente em primeiro grau era de 17 anos, mas foi reduzida pela Corte estadual.
De acordo com a denúncia do Ministério Público estadual, os réus faziam parte do corpo médico do Hospital Santa Isabel de Clínicas em Taubaté e planejavam implementar um programa de transplante de rins. A acusação aponta que, em 1986, eles começaram a extrair órgãos de pacientes sob seus cuidados, sem a devida comprovação da morte encefálica.
A Promotoria também alega que os réus enganavam os familiares das vítimas, informando falsamente que estavam em estado de morte irreversível. Em alguns casos, os acusados solicitaram autorização para doação de córneas, mas acabaram retirando os rins. Os órgãos extraídos eram, então, entregues a terceiros para transplantes em pacientes desconhecidos em São Paulo.
A acusação ainda aponta que o hospital não possuía autorização para realizar tais procedimentos e os profissionais envolvidos não tinham a competência técnica necessária. Além disso, a existência de um convênio com a Universidade de São Paulo para envio dos órgãos também não foi comprovada.
Diante desse cenário, a equipe de reportagem procurou a defesa dos condenados e o Hospital Santa Isabel de Clínicas para obter mais informações sobre o caso. O espaço está aberto para manifestações.
