Ao final das negociações, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 fechou em 10,670%, enquanto a do DI para janeiro de 2026 ficou em 11,50%. Já o DI para janeiro de 2027 encerrou com taxa de 11,77% e o DI para janeiro de 2029 atingiu uma taxa de 12,08%.
No Brasil, o mercado de juros teve a atenção desviada para o cenário internacional, devido à falta de novidades locais. A liquidez mais fraca durante o mês de julho, com muitos investidores em período de férias, também foi um fator que impactou as negociações. A queda das commodities levou à queda das moedas emergentes em relação ao dólar, que chegou a bater R$ 5,60 no Brasil durante o dia.
No âmbito fiscal, os investidores estão monitorando de perto as ações do governo. Há desconfianças de que a meta fiscal deste ano não seja mais neutra, mas permita um déficit de até 0,25% do PIB. O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, afirmou que a equipe econômica está buscando o “melhor resultado possível” para a meta, sem se comprometer com um número específico.
Diante desse cenário, os rendimentos dos Treasuries nos Estados Unidos se mantiveram estáveis, enquanto o mercado aguarda a oficialização de Kamala Harris como candidata democrata à presidência. No entanto, apesar da estabilidade no exterior, o mercado brasileiro de juros e câmbio foram impactados principalmente pela situação econômica interna e pelas incertezas fiscais.