Júri popular na França decide caso de assassinato de cônjuge: sessões públicas devem durar três dias e encerrar com decisão final na quinta-feira.

O caso de um brasileiro acusado de matar sua esposa na França está chamando a atenção da imprensa e do público. O homem terá seu julgamento conduzido por júri popular, ao contrário do que acontece no Brasil. De acordo com a legislação francesa, o assassinato de um cônjuge implica no julgamento conduzido por três juízes e realizado ao longo de três dias consecutivos.

As sessões do julgamento, abertas ao público, se encerrarão na quinta-feira, com a decisão final sobre a sentença do acusado. Se for condenado, a pena pode variar de 30 anos de reclusão à prisão perpétua. Apesar de o feminicídio não ter definição jurídica na França, casos considerados premeditados podem alcançar pena máxima.

O advogado de defesa do réu, Antonino Carbonetto, expressou sua opinião sobre o caso, afirmando que não acredita que o crime tenha sido premeditado. Ele defende seu cliente, afirmando que o homem era amoroso e cuidava bem de seus filhos, sem histórico de violência. De acordo com o advogado, houve uma “alteração de discernimento” no momento do crime.

Durante o inquérito policial, foi realizada uma avaliação psiquiátrica-forense que concluiu que o autor teve essa “alteração de discernimento” no momento em que cometeu o crime. No depoimento aos investigadores, o réu admitiu que o casal brigava com frequência e que o que motivou o crime foi o que sua esposa teria dito na noite do ocorrido.

O crime chocou a comunidade brasileira na França e trouxe à tona questões importantes sobre violência doméstica e feminicídio. O julgamento, que está sendo acompanhado pela mídia internacional, continuará a chamar a atenção nos próximos dias, enquanto o destino do réu é decidido. Independentemente do veredito, o caso serve como alerta para a necessidade de se abordar e prevenir a violência doméstica em todas as suas formas.

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