Julian Assange trocou uma confissão de culpa por sua liberdade, em um acordo com os Estados Unidos que o libertou da prisão no Reino Unido. Ele foi recebido calorosamente pelo primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, que havia se empenhado pela sua libertação. O ativista se entregou a um tribunal em Saipan, onde se declarou culpado e foi condenado a cinco anos e dois meses de prisão, o mesmo tempo que passou detido no Reino Unido.
A saga de Assange com os EUA começou em 2010, quando o WikiLeaks vazou documentos confidenciais dos Estados Unidos. Um dos vazamentos mais impactantes foi o vídeo de um ataque de helicópteros Apache em Bagdá, em 2007, que resultou na morte de vários civis, incluindo funcionários da Reuters. A divulgação desses documentos causou controvérsia e levantou questões sobre a transparência e a responsabilidade governamental.
Stella Assange expressou sua felicidade com a decisão de Julian, mas também manifestou sua indignação com o tempo que ele passou preso. Ela afirmou que seu marido buscará perdão judicial e que a admissão de culpa em uma acusação de espionagem levanta preocupações sobre a liberdade de imprensa em todo o mundo.
Assange agora retorna à Austrália como um homem livre, encerrando um capítulo tumultuado de sua vida e de sua luta pela liberdade de expressão. Sua volta ao país natal é marcada por emoções mistas, mas principalmente pela esperança de um novo começo para o fundador do WikiLeaks.