Apontado pela Polícia Federal como um assassino de aluguel, Lessa admitiu ter sido contratado para matar Marielle por dinheiro, mas afirmou que essa foi a única vez em que cometeu um crime desse tipo. No entanto, essa contradição entre as declarações de Lessa e as investigações tem gerado controvérsias, especialmente no processo envolvendo os supostos mandantes do crime.
As defesas dos réus no STF, Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa, questionam a veracidade das declarações de Lessa, alegando que ele mente sobre seu passado e o envolvimento dos acusados no crime. Lessa, por sua vez, relata que sua reputação de matador começou após uma discussão com um policial relacionada à morte de um bicheiro.
O ex-PM admitiu ter matado não apenas Marielle, mas também outros indivíduos, embora tenha negado atuar como matador de aluguel. Seu acordo de delação prevê o cumprimento de pena em regime fechado até março de 2037. Além disso, ele revelou que o motivo pelo qual aceitou cometer o crime foi a oferta de uma grande quantia em dinheiro para explorar uma área na zona oeste do Rio de Janeiro.
A confissão de Lessa levanta questões sobre a suposta corrupção na Polícia Civil do Rio de Janeiro, que, segundo o relatório final do caso, poderia estar envolvida em acobertar crimes dessa natureza. O julgamento de Lessa é aguardado com expectativa para esclarecer os detalhes desse trágico episódio que chocou o país.