Julgamento de Paulo Cupertino é marcado por reclamações, destituição de advogado e relato de agressão pela filha.

Durante o julgamento de Paulo Cupertino, diversas situações chamaram a atenção e geraram polêmica. O réu, em determinado momento, reclamou da falta de seus óculos, do fato de estar sendo filmado e do uso de algemas, o que o deixou ainda mais incomodado no tribunal. O advogado de defesa, Alexander Lopes, explicou ao réu que as filmagens eram parte do protocolo do tribunal e que os equipamentos não eram da imprensa.

Além disso, Isabela Tibcherani prestou seu depoimento e relatou episódios de agressão por parte de seu pai. Ela revelou ter sido vítima de violência física, incluindo momentos em que seu pai quebrou um prato em sua cabeça e tentou sufocá-la com um pano de prato. Essas revelações impactaram o andamento do julgamento.

Uma reviravolta inesperada ocorreu quando o advogado de defesa de Cupertino foi destituído, o que resultou na dissolução do júri. Com essa mudança, o julgamento precisará ser retomado com novos jurados e nova defesa, o que pode acarretar em meses de atraso. Até o momento, não há previsão para a retomada do processo.

Lopes, o advogado destituído, negou que a decisão tenha sido estratégica. Ele afirmou que a intenção da defesa era conduzir o julgamento com respeito e integridade, mas o comportamento de Cupertino tornou isso impossível. O réu, por sua vez, negou qualquer agressão física.

A promotoria criticou a postura de Cupertino, classificando-a como uma tentativa de manipular o processo. O advogado da família das vítimas, Ricardo Marinho, chamou a atitude de “mau-caratismo”, destacando que o réu agiu de forma ardilosa para atrasar o andamento do julgamento.

O crime em questão ocorreu em junho de 2019, na zona sul de São Paulo, quando Paulo Cupertino teria disparado contra o ator Rafael Miguel e seus pais. A família do ator havia ido até a casa de Isabela Tibcherani, namorada de Rafael, para discutir sobre o relacionamento, resultando em uma tragédia.