Segundo a magistrada, Lisboa, que passará por uma audiência de custódia em breve, teria colaborado com o chefe de segurança de Andrade, Márcio Araújo, no monitoramento da vítima. Rogério Andrade foi denunciado, pela segunda vez, como mandante do crime, embora em um julgamento anterior o Supremo Tribunal Federal tenha arquivado a ação alegando falta de provas.
Os advogados de defesa de Andrade na época da primeira denúncia argumentaram que as acusações eram genéricas e não apresentavam provas concretas que justificassem a imputação de autoria. Já a defesa de Lisboa não foi localizada para comentar o caso.
A juíza também destacou que, de acordo com os diálogos obtidos, Iggnácio era conhecido pelo apelido de Cabeludo entre os acusados. Lisboa fez referência a um cais próximo à residência da vítima em uma conversa, o que reforçou a ligação dele com o crime. Márcio Araújo de Souza, descrito como peça chave no assassinato, negou qualquer envolvimento.
Entre as evidências que embasaram a prisão preventiva estão laudos de necropsia, exames do local do crime e registros de ocorrência. A juíza justificou a medida como necessária para garantir a ordem pública, evitar interferências nas investigações e proteger testemunhas.
Além disso, a transferência de Rogério Andrade para um presídio federal de segurança máxima, em regime disciplinar diferenciado, foi determinada para evitar que ele influencie nas investigações em curso. A polícia apontou possíveis motivações para o crime, incluindo o controle de atividades ilícitas e vingança pela morte de seu filho adolescente em um atentado. A investigação segue em andamento para esclarecer os detalhes desse caso envolvendo importantes figuras do crime no Rio de Janeiro.