De acordo com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a área onde o corpo foi encontrado faz parte de uma região retomada pelos indígenas, que enfrentam conflitos com fazendeiros locais ameaçando suas terras. A Apib e a Juventude Indígena Xokleng (Ajix) divulgaram uma nota conjunta indicando que a família da vítima havia recebido ameaças recentes, incluindo disparos de tiros que geraram temor na comunidade.
A Apib e a Ajix solicitaram a adoção urgente de medidas de segurança e proteção dos direitos indígenas, ressaltando que o ocorrido é um lembrete sombrio das constantes ameaças enfrentadas pelos povos indígenas e da importância de proteger suas vidas e direitos.
O crime ocorreu enquanto a mãe e o padrasto de Ariel participavam do Acampamento Terra Livre em Brasília, deixando o jovem sozinho em casa. A presença de policiais federais no local visa investigar o caso, enquanto o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) expressou surpresa e dor diante da notícia, afirmando que a violência ideológica e letal nos territórios indígenas contrasta com a mobilização democrática e legítima dos povos na capital federal.
Ataques a tiros têm sido recorrentes na região nos últimos meses, incluindo um incidente onde uma residência na aldeia Kakupli foi alvejada por pelo menos seis disparos na véspera da Páscoa. Quatro indivíduos estavam na casa no momento dos tiros, mas ninguém ficou ferido. A violência contra os povos indígenas continua sendo uma preocupação constante, destacando a urgência de medidas protetivas e garantia de seus direitos.