Jornalista e revolucionário: a trajetória de Sinval de Itacarambi Leão através da ditadura, do jornalismo e da luta pela liberdade.

A história de Sinval de Itacarambi Leão é marcada por duas fases distintas, antes e depois de sua passagem pelo Colégio São Bento, situado no centro de São Paulo. O monge beneditino conquistou uma bolsa de estudos na instituição, onde viveu uma rotina pacífica no monastério, até perceber que poderia contribuir de maneira diferente para a sociedade.

Com o Brasil em plena ditadura, Sinval se viu envolvido com os movimentos de resistência, após presenciar perseguições sofridas por colegas monges e estudantes. Sua atuação nas lutas pela liberdade o levou a ser enquadrado na Lei de Segurança Nacional, sendo preso e torturado em duas ocasiões.

Após ser libertado em 1971, Sinval atuou como repórter em revistas de renome, como Realidade e Visão, além de trabalhar em departamentos de marketing de agências de publicidade. Mesmo enfrentando a perseguição do regime militar, sua trajetória profissional teve um novo rumo em 1974, ao ingressar no departamento de marketing da Rede Globo, onde criou projetos importantes.

Em 1987, fundou a revista Imprensa ao lado de outros jornalistas, um marco em sua vida profissional. Permanecendo à frente da publicação por 38 anos, Sinval foi responsável por importantes premiações do cenário jornalístico nacional, além de criar prêmios significativos para a área.

Nascido em Araçatuba, interior de São Paulo, em uma família simples, Sinval era conhecido pela facilidade em fazer amigos e pela forte ligação com a família. Seu legado transcende a sua vida pessoal, sendo reconhecido por sua contribuição ao jornalismo e à sociedade brasileira.

Após enfrentar um quadro de insuficiência cardíaca e outras comorbidades, Sinval faleceu aos 81 anos. Deixa como legado a esposa, quatro filhos e seis netos. Sua trajetória é um exemplo de coragem, determinação e comprometimento com a liberdade e a democracia.

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