Wesley e Joesley Batista são sócios na J&F, holding que controla a JBS. Eles assumiram a empresa ainda jovens, aos 17 e 16 anos, respectivamente, e foram responsáveis por liderar a expansão global da companhia. No entanto, em 2017, os irmãos se envolveram em um escândalo de corrupção que resultou em um acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República.
A delação dos empresários trouxe à tona casos de corrupção e pagamento de propina, o que abalou a imagem da JBS e provocou uma crise política no país. Uma das revelações mais impactantes foi a gravação em que Joesley Batista aparece supostamente negociando o silêncio de delatores com o então presidente Michel Temer.
Após um período afastados dos holofotes, os irmãos Batista estão retornando ao cenário empresarial. Em fevereiro, foram nomeados membros do Conselho de Administração da Pilgrims Pride, empresa do grupo JBS nos Estados Unidos. Recentemente, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) absolveu os empresários de acusações de insider trading, o que contribui para sua reintegração à empresa.
Wesley Batista, de 53 anos, tem uma extensa carreira na JBS, atuando em diversos cargos de liderança e sendo responsável por importantes aquisições no mercado internacional. Joesley Batista, de 52 anos, também teve papel fundamental na expansão da empresa e na consolidação da JBS como uma gigante do setor de proteína animal.
Apesar dos desafios enfrentados nos últimos anos, a JBS segue sendo uma das principais empresas do segmento. Em 2023, a companhia registrou um prejuízo de mais de R$ 1 bilhão, resultado de diversos fatores econômicos e operacionais. A nomeação dos irmãos Batista para o Conselho de Administração pode ser um sinal de mudanças na gestão da empresa e de uma nova fase para a JBS no mercado internacional.