De acordo com o ex-presidente, a multa aplicada a ele foi de R$ 50 mil, enquanto Braga Netto recebeu uma penalidade no valor de R$ 30 mil. Bolsonaro destacou que ambas as punições foram impostas sem que houvesse qualquer investigação prévia ou comprovação de irregularidades. Segundo o ex-presidente, trata-se de mais uma perseguição política em seu desfavor.
A condenação de Bolsonaro e Braga Netto pelo TSE está relacionada ao uso eleitoral das comemorações do Bicentenário da Independência, que ocorreram em Brasília no dia 7 de Setembro de 2022. O tribunal entendeu que o ex-presidente e o general fizeram uso das festividades para promoção pessoal e política, caracterizando uma infração eleitoral.
Além das multas aplicadas, a decisão do TSE também tornou Braga Netto inelegível até o ano de 2030, o que impede sua participação em futuras eleições. No caso de Jair Bolsonaro, por já não ser mais presidente, a punição não o impede de concorrer em eleições futuras.
Essa nova condenação de Bolsonaro pelo TSE ocorre em um momento em que o ex-presidente tem demonstrado estar cada vez mais distante do Poder Judiciário. Em seus discursos e publicações nas redes sociais, Bolsonaro frequentemente critica a atuação dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e coloca em xeque a integridade das instituições democráticas.
Essa postura confrontadora do ex-presidente tem gerado reações tanto de apoiadores quanto de críticos. Enquanto alguns enxergam em Bolsonaro um líder disposto a enfrentar as supostas corrupções do sistema, outros o acusam de ameaçar a estabilidade democrática do país.
No entanto, independente das opiniões e debates acerca de Jair Bolsonaro, é importante ressaltar que suas condenações pelo TSE estão ancoradas em decisões colegiadas e embasadas na legislação eleitoral vigente. A Justiça Eleitoral é um dos pilares fundamentais do sistema democrático brasileiro e cabe aos cidadãos acatar as decisões proferidas por ela, independentemente de suas preferências políticas.