Repórter São Paulo – SP – Brasil

Israel desqualifica pedido da África do Sul à CIJ por aumento de ajuda humanitária a Gaza e chama solicitação de “moralmente repugnante”

Israel rejeita pedido de emergência da África do Sul na Corte Internacional de Justiça

Israel solicitou à Corte Internacional de Justiça (CIJ) que não emita ordens de emergência para aumentar a ajuda humanitária a Gaza em meio à iminente crise de fome, desqualificando o pedido da África do Sul como “moralmente repugnante”. Em um comunicado divulgado nesta segunda-feira (18), Israel argumentou que está preocupado com a situação humanitária e as vidas inocentes em Gaza, refutando as acusações de que o país causa sofrimento de forma deliberada no enclave.

Os advogados israelenses alegaram que as ações tomadas durante a guerra em Gaza demonstram o comprometimento de Israel com a assistência humanitária na região. Eles ainda afirmaram que os pedidos contínuos da África do Sul por medidas adicionais configuram abuso de procedimentos legais. O documento apresentado por Israel considerou as acusações do país africano como infundadas, moralmente repugnantes e um abuso tanto da Convenção sobre Genocídio quanto da própria corte.

A controvérsia entre Israel e a África do Sul faz parte de um processo judicial em que o país africano acusa Israel de genocídio em Gaza após os ataques do Hamas em outubro do ano passado. Em janeiro, a CIJ ordenou que Israel se abstivesse de atos que pudessem ser considerados genocídio e garantisse a proteção dos palestinos em Gaza.

Israel justifica suas ações como voltadas apenas contra o Hamas e não contra civis palestinos, embora organizações humanitárias apontem severas restrições na assistência à população de Gaza. As medidas de emergência da CIJ visam evitar o agravamento da situação enquanto o caso completo é analisado, um processo que pode levar anos.

Portanto, a disputa entre Israel e a África do Sul na CIJ continua, com ambos os lados defendendo suas posições e acusações. A decisão final da corte internacional sobre a questão humanitária em Gaza ainda está pendente, enquanto a população local enfrenta uma crise cada vez mais urgente.

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