De acordo com Mônica Nogueira, responsável pela equipe de arqueologia do Iphan, para compreender de forma mais precisa o significado das pinturas rupestres, será necessário realizar estudos mais aprofundados, o que demandará alguns anos de trabalho.
Um detalhe relevante é que, há muitos séculos, a região da Caatinga possuía um clima mais úmido do que o atual, o que resultava em rios que atualmente apresentam um fluxo intermitente, mas que naquela época tinham um fluxo permanente. As pinturas rupestres encontradas na região ajudam a comprovar essa condição, como é o caso do sítio da Pasta, localizado em Manari, próximo a um riacho que atualmente só apresenta fluxo de água durante o inverno.
Segundo Mônica Nogueira, todas essas descobertas arqueológicas reforçam a ideia de que as populações pré-históricas que habitavam a região eram nômades, vivendo da caça e da coleta de recursos, e se deslocavam em busca dos cursos dos rios, que naquela época eram abundantes.
Além disso, Mônica destaca que os sítios de pintura e gravuras rupestres estão todos próximos a rios ou riachos, reforçando a ideia de que, naquela época, esses cursos d’água tinham um fluxo constante.
Essas recentes descobertas arqueológicas têm contribuído significativamente para a compreensão da história pré-histórica da região e para a proteção do seu patrimônio, sendo essencial para a preservação do conhecimento e das culturas das populações que habitaram o local há milhares de anos. O Iphan continuará dedicando esforços e recursos para a continuidade desses estudos e projetos de preservação.