Durante seu pronunciamento, Bolsonaro admitiu ter conhecimento de uma minuta que trazia propostas de decretação de estado de sítio, prisão de parlamentares e ministros do STF, alimentando rumores de um possível golpe. No entanto, o ex-presidente criticou as investigações da PF sobre o assunto, o que mostra uma postura contraditória em relação ao seu comportamento diante dos investigadores.
A descoberta de uma minuta semelhante em posse de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, em janeiro do ano passado, trouxe à tona ainda mais questionamentos sobre a tentativa de interferência no Poder Judiciário visando a posse do presidente Lula e a convocação de novas eleições. Esses fatos foram reforçados por delações do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da presidência da República.
Além disso, Bolsonaro está sob investigação da Polícia Federal e do STF devido ao ataque ocorrido em janeiro de 2023 à sede dos Três Poderes em Brasília. Outros elementos estão sendo analisados, como um vídeo de uma reunião realizada no Palácio da Alvorada em julho de 2022, na qual auxiliares do ex-presidente e militares discutiram alternativas para atacar o sistema eleitoral eletrônico e a eleição presidencial.
Diante de todas essas revelações e investigações, a postura de Bolsonaro e seus aliados continua sob escrutínio da justiça e da opinião pública, gerando debates acalorados sobre os limites da democracia e a ameaça à estabilidade institucional do país. O desdobramento desses eventos certamente terá impacto significativo no cenário político nacional nos próximos meses.