Investidores brasileiros enfrentam custos ocultos ao optarem por ETFs americanos de baixo custo: o vazamento financeiro que pode sair caro.

Investidores brasileiros têm optado por ETFs americanos de baixo custo, atraídos pelas taxas de administração acessíveis. No entanto, muitos não percebem os custos ocultos envolvidos nesse tipo de investimento. Assim como uma pequena goteira no telhado que se acumula e causa danos maiores ao longo do tempo, os ETFs americanos podem resultar em prejuízos significativos se não forem analisados de forma completa.

Os ETFs americanos, por serem do tipo distributivo, distribuem rendimentos periodicamente, o que implica em tributação para investidores estrangeiros. A alíquota de 30% sobre os rendimentos pode diminuir consideravelmente o retorno, além da necessidade de reinvestir os dividendos constantemente para manter o poder dos juros compostos.

Outro fator a ser considerado é o imposto sobre herança nos EUA, que pode chegar a 40% do valor investido. Muitos investidores não levam em conta essa taxa adicional ao optarem pelos ETFs americanos em busca de simplicidade e baixo custo.

Uma alternativa mais eficiente seriam os mutual funds, que oferecem taxas de administração em torno de 0,4% ao ano e rendimentos superiores aos ETFs americanos. Além disso, esses fundos não distribuem rendimentos periodicamente, evitando a pesada tributação sobre dividendos e o imposto de herança americano.

Portanto, ao invés de se deixar levar apenas pelas taxas de administração mais baixas dos ETFs americanos, é fundamental analisar o cenário completo, considerando a tributação, a necessidade de reinvestimento e os riscos sucessórios. Os mutual funds podem oferecer um retorno líquido mais robusto e eficiente a longo prazo, proporcionando uma visão mais ampla e realista dos investimentos. Afinal, o que importa é o retorno final no bolso do investidor, e não apenas o que parece mais barato superficialmente.

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