Os ETFs americanos, por serem do tipo distributivo, distribuem rendimentos periodicamente, o que implica em tributação para investidores estrangeiros. A alíquota de 30% sobre os rendimentos pode diminuir consideravelmente o retorno, além da necessidade de reinvestir os dividendos constantemente para manter o poder dos juros compostos.
Outro fator a ser considerado é o imposto sobre herança nos EUA, que pode chegar a 40% do valor investido. Muitos investidores não levam em conta essa taxa adicional ao optarem pelos ETFs americanos em busca de simplicidade e baixo custo.
Uma alternativa mais eficiente seriam os mutual funds, que oferecem taxas de administração em torno de 0,4% ao ano e rendimentos superiores aos ETFs americanos. Além disso, esses fundos não distribuem rendimentos periodicamente, evitando a pesada tributação sobre dividendos e o imposto de herança americano.
Portanto, ao invés de se deixar levar apenas pelas taxas de administração mais baixas dos ETFs americanos, é fundamental analisar o cenário completo, considerando a tributação, a necessidade de reinvestimento e os riscos sucessórios. Os mutual funds podem oferecer um retorno líquido mais robusto e eficiente a longo prazo, proporcionando uma visão mais ampla e realista dos investimentos. Afinal, o que importa é o retorno final no bolso do investidor, e não apenas o que parece mais barato superficialmente.