A motivação para as invasões está relacionada à nomeação de Junior Rodrigues do Nascimento como superintendente do Instituto, indicado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Anteriormente, o cargo era ocupado por Wilson César Lira dos Santos, primo de Lira, que foi exonerado após pressão do MST por mudanças na gestão.
O movimento alega que o órgão está sob domínio de grupos políticos contrários à reforma agrária e que as demandas relacionadas a essa pessoa estão sendo negligenciadas. De acordo com eles, a nomeação de um novo representante que seja ligado a Lira mantém o bolsonarismo no poder, reforçando a falta de ações efetivas em prol dos assentamentos e acampamentos.
Rodrigues assumiu o cargo em 25 de abril e, segundo os manifestantes, o tempo de sua gestão só comprova as preocupações levantadas. Eles afirmam que não houve avanços em relação às demandas antigas e que, pelo contrário, têm enfrentado obstáculos para qualquer progresso na reforma agrária do Estado.
A invasão contou com a participação de cerca de 300 pessoas, incluindo membros da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e da Frente Nacional de Luta (FNL), conforme divulgado em nota pelo MST. A mobilização demonstra a insatisfação e a pressão exercida pelo movimento para que haja mudanças efetivas na gestão do Incra em Alagoas.






