Repórter São Paulo – SP – Brasil

Invasão da embaixada do México no Equador e prisão de ex-vice-presidente gera crise diplomática e suspensão de relações.

Nesta sexta-feira, a polícia equatoriana surpreendeu ao invadir a embaixada do México em Quito e prender o ex-vice-presidente Jorge Glas, que estava abrigado no local desde dezembro. A ação policial gerou uma crise nas relações diplomáticas entre os dois países e levantou questionamentos sobre o respeito ao direito internacional.

O México havia concedido asilo político a Jorge Glas poucas horas antes da invasão da polícia equatoriana. No entanto, o Equador considerou o asilo do ex-vice-presidente como ilegal, visto que ele havia sido condenado a seis anos de prisão por corrupção. O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, reagiu com indignação, ordenando a suspensão das relações diplomáticas com o Equador. Obrador argumentou que a invasão da embaixada representou uma violação flagrante do direito internacional e da soberania mexicana, citando o artigo 31 da Convenção de Viena, que garante a inviolabilidade das embaixadas como territórios nacionais.

A concessão de asilo a Jorge Glas pelo México ocorreu em meio a uma sequência de eventos contenciosos entre os dois países. Um dia antes do anúncio do asilo, o governo equatoriano declarou a embaixadora mexicana Raquel Serur como persona non grata e ordenou sua saída do país. Esses eventos contribuíram para a escalada da tensão entre as nações latino-americanas.

A prisão de Jorge Glas na embaixada mexicana em Quito levantou preocupações sobre o respeito aos princípios do direito internacional e a proteção dos direitos de asilo. A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos desse caso complexo, que envolve questões de soberania, diplomacia e justiça.

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