O México havia concedido asilo político a Jorge Glas poucas horas antes da invasão da polícia equatoriana. No entanto, o Equador considerou o asilo do ex-vice-presidente como ilegal, visto que ele havia sido condenado a seis anos de prisão por corrupção. O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, reagiu com indignação, ordenando a suspensão das relações diplomáticas com o Equador. Obrador argumentou que a invasão da embaixada representou uma violação flagrante do direito internacional e da soberania mexicana, citando o artigo 31 da Convenção de Viena, que garante a inviolabilidade das embaixadas como territórios nacionais.
A concessão de asilo a Jorge Glas pelo México ocorreu em meio a uma sequência de eventos contenciosos entre os dois países. Um dia antes do anúncio do asilo, o governo equatoriano declarou a embaixadora mexicana Raquel Serur como persona non grata e ordenou sua saída do país. Esses eventos contribuíram para a escalada da tensão entre as nações latino-americanas.
A prisão de Jorge Glas na embaixada mexicana em Quito levantou preocupações sobre o respeito aos princípios do direito internacional e a proteção dos direitos de asilo. A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos desse caso complexo, que envolve questões de soberania, diplomacia e justiça.
