Interferência do governo federal paralisa PEC dos servidores dos antigos territórios, acusa senador Lucas Barreto, em pronunciamento no Senado.

Na última terça-feira (14), o senador Lucas Barreto, representante do PSD no Amapá, fez uma declaração contundente durante seu pronunciamento no Plenário. Segundo o parlamentar, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 47/2023 está sofrendo com a interferência do governo federal, o que tem causado sua paralisação na Câmara dos Deputados desde setembro do ano passado.

A PEC em questão tem como objetivo permitir a integração dos servidores dos antigos territórios de Rondônia, Amapá e Roraima ao quadro da administração pública da União. No entanto, Barreto destacou que a proposta foi aprovada no Senado e encaminhada para análise dos deputados, mas enfrenta obstáculos que impedem sua tramitação.

Durante seu discurso, o senador refutou as alegações de que a PEC tenha recebido emendas que fogem ao contexto da matéria, conhecidas como “jabutis”, que poderiam causar um impacto orçamentário significativo. Para Barreto, essa narrativa de que a proposta contém elementos estranhos à sua finalidade real seria uma estratégia do governo para justificar a paralisação do projeto na Câmara.

Ele também pontuou que a emenda proposta à PEC teve como objetivo corrigir injustiças, como a exclusão de categorias contempladas por outras legislações. Dentre os beneficiados estão policiais rodoviários, aposentados municipais, trabalhadores da Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano de Macapá, além de professores, agentes de saúde e servidores que atuaram nos territórios antes de 1988.

Barreto fez questão de ressaltar que a emenda à PEC 47 possui total pertinência temática e está alinhada com o tema principal da proposta. Ele comparou a situação com a inclusão de uma emenda “jabuti” em outro projeto de lei, o PLP 233/2023, que permitiu à União antecipar um crédito de R$ 15 bilhões ao criar um novo seguro obrigatório para veículos.

Diante da atual situação, o senador Lucas Barreto segue na defesa da PEC 47/2023 e na luta pela tramitação rápida e justa do projeto, visando beneficiar os servidores dos antigos territórios conforme o proposto no Senado.

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