Ingestão de microplásticos: como o plástico está presente em nosso corpo e o que isso significa para nossa saúde

O plástico é um problema que está cada vez mais presente em nossas vidas, mas você já imaginou que ele pode estar dentro do seu próprio corpo? Estudos recentes apontam que microplásticos foram encontrados em diversos órgãos, como sangue, coração, fígado, intestinos, placenta, leite materno, cérebro e até nos testículos humanos.

A presença dessas minúsculas partículas plásticas é resultado tanto do descarte inadequado do lixo como do aumento exponencial do uso desse material na sociedade contemporânea. Estima-se que nos oceanos estejam acumuladas entre 75 e 200 milhões de toneladas de lixo plástico, afetando não apenas os seres marinhos, mas também os humanos.

Animais marinhos confundem pedaços de plástico com alimentos e acabam ingerindo esses resíduos, o que pode levá-los à morte. Além disso, os microplásticos presentes no mar também podem ser consumidos pelos seres humanos, através de frutos do mar e peixes, por exemplo.

Essas partículas plásticas, denominadas microplásticos e nanoplásticos, derivam de diversos tipos de polímeros e podem entrar no organismo humano por vias como a oral, respiratória e dérmica. Estudos mostram que uma pessoa pode ingerir, em média, 5 gramas de microplásticos por semana, o equivalente ao peso de um cartão de crédito.

A presença de microplásticos na atmosfera também é preocupante, com partículas sendo dispersas no ar e chegando até mesmo em regiões remotas, como os alpes italianos. Dentro de casa, a concentração de microplásticos pode ser até 45 vezes maior, proveniente de diversos objetos do dia a dia, como estofados, roupas e embalagens.

Apesar de alguns defenderem que os microplásticos sejam inertes, pesquisas já associaram a presença dessas partículas a doenças cardiovasculares. Medidas para reduzir a exposição aos microplásticos incluem a preferência por tecidos naturais, a não utilização de recipientes plásticos para alimentos e a busca por alternativas sustentáveis.

Diante desse cenário, é importante repensar o uso excessivo do plástico e buscar soluções para reduzir a presença de microplásticos em nosso cotidiano. A conscientização e a adoção de práticas mais sustentáveis são fundamentais para preservar a saúde humana e o meio ambiente.

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