Estudos internacionais têm destacado os riscos que as apostas representam para os jovens. Um estudo realizado com o apoio do Unicef na Geórgia mostrou que 78% dos jovens começaram a jogar a partir dos 12 anos, e 22% deles iniciaram antes disso, com apenas 11 anos. A influência de amigos, conhecidos e familiares também tem sido um fator importante nesse processo.
Essas plataformas estão facilmente acessíveis, sem controle rígido de idade ou identificação, o que torna o ambiente propício para o envolvimento de adolescentes. Os jovens são atraídos por elementos gamificados e muitas vezes entram nesse mundo sem ter noção dos riscos envolvidos.
Estudos do governo de Nova York apontam que os adolescentes que se envolvem em apostas estão mais propensos a desenvolver problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade, além de serem mais vulneráveis ao uso de substâncias ilegais.
Famílias e responsáveis precisam estar atentos a sinais de alerta, como queda no desempenho escolar, mudanças de comportamento e pedido de dinheiro emprestado. É importante estabelecer regras claras sobre o tempo gasto em dispositivos eletrônicos e monitorar como o dinheiro recebido é gasto pelos adolescentes.
O desafio de lidar com o vício em jogos de azar entre crianças e jovens é urgente e requer um esforço conjunto de toda a sociedade. A conscientização e disseminação de informações sobre os riscos associados às apostas são fundamentais para prevenir e alertar os adultos, que têm o papel de orientar e acolher os adolescentes sob sua responsabilidade. Medidas como melhorias na legislação, investimento em pesquisas e reconhecimento do vício em jogos eletrônicos como um transtorno de saúde mental são necessárias para enfrentar essa questão de forma eficaz.






