Apesar da desaceleração, é importante ressaltar que isso não indica que os preços diminuíram, mas sim que a alta foi menor em comparação com o período anterior. No acumulado do ano de 2024, o IGP-M registra 1,71%, enquanto no somatório dos últimos 12 meses, alcança 3,82%.
A Fundação Getúlio Vargas calcula o índice por meio da combinação de três outros índices: Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Esses índices medem a evolução dos preços no atacado, no consumo das famílias e nos custos da construção civil, respectivamente.
A desvalorização do real, que torna os produtos importados mais caros, e os reajustes de preços administrados, como gasolina e energia, foram fatores que contribuíram para a desaceleração do IGP-M. Destaca-se a queda nos preços dos alimentos in natura, tanto no índice ao produtor quanto ao consumidor, e a menor alta da mão de obra, que influenciou na diminuição da inflação no setor da construção.
No entanto, apesar da desaceleração no último mês, o acumulado de 12 meses aumentou, passando de 2,45% em junho para 3,82% em julho. O IGP-M é amplamente utilizado como base para o cálculo de reajustes anuais em contratos imobiliários, sendo conhecido como inflação do aluguel.