De acordo com os dados do Ipea, a taxa de inflação para as famílias de renda alta foi de 0,80% em julho, enquanto para as famílias de renda muito baixa e baixa as taxas foram de 0,09% e 0,18%, respectivamente. As famílias de renda muito baixa continuam apresentando a menor taxa de inflação acumulada em 12 meses, enquanto a faixa de renda alta possui a taxa mais elevada.
O grupo de alimentos e bebidas foi o principal responsável pela descompressão inflacionária, com a queda de preços em diversos segmentos. As deflações observadas em itens como cereais, tubérculos, frutas, aves, ovos, e leites e derivados contribuíram para o alívio inflacionário, especialmente para as famílias de menor poder aquisitivo.
Por outro lado, os reajustes nos preços da energia elétrica e do gás de botijão impactaram o grupo habitação, contribuindo para a inflação em julho. As famílias de renda alta foram mais afetadas pelos reajustes nos combustíveis, seguro veicular e passagens aéreas, além dos aumentos nos serviços pessoais e de lazer.
Na comparação com julho de 2023, a inflação cresceu para todas as faixas de renda, com maior impacto nas famílias de renda muito baixa. As altas nos preços da energia elétrica e do gás de botijão foram significativas, assim como os reajustes nos produtos eletroeletrônicos e no vestuário.
Com base nos dados de julho de 2024, a inflação acumulada em 12 meses apresentou aceleração para todas as classes de renda. As famílias de renda baixa tiveram a menor taxa de inflação, enquanto as de renda alta registraram a taxa mais elevada nesse período.