Indiciamento de Jair Bolsonaro e mais 16 por fraude no cartão de vacinação de covid-19 gera polêmica e repercussão internacional.

No centro de um escândalo político com repercussão internacional, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal por fraude em seu cartão de vacinação contra a Covid-19. Não apenas Bolsonaro, mas outras 16 pessoas também foram indiciadas por crimes relacionados à falsificação de certificados de vacinação.

Segundo o relatório da PF, a ordem para a falsificação do certificado partiu do próprio Bolsonaro, que teria solicitado ao ajudante de ordens Mauro Cid a inserção de dados falsos de vacinação no sistema do Ministério da Saúde em seu nome e no da sua filha menor. Ainda de acordo com as investigações, Mauro Cid teria criado um esquema para auxiliar pelo menos nove pessoas, incluindo a esposa e três filhas do ex-presidente, a burlar exigências sanitárias nos Estados Unidos e no Brasil.

O sigilo sobre o relatório da PF foi levantado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, após partes do documento terem sido divulgadas pelo portal G1. O relatório aponta que Bolsonaro agiu consciente e voluntariamente na adulteração do cartão de vacina, o que facilitaria sua entrada e saída nos EUA, mesmo sem ter sido imunizado contra a Covid-19.

A investigação também revelou que Bolsonaro teria embarcado para os EUA com a família e auxiliares após a derrota na eleição presidencial de 2022. A relação entre a falsificação do certificado de vacinação e a tentativa de golpe em janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas, foi explorada no relatório da PF.

A Controladoria-Geral da União (CGU) constatou em janeiro que o registro de imunização contra a Covid-19 presente no cartão de vacinação de Bolsonaro era falso, baseando-se em evidências de que o ex-presidente não esteve na unidade de saúde onde teria sido vacinado no dia indicado. Neste contexto, a defesa de Bolsonaro criticou a forma como o indiciamento foi divulgado à imprensa.

O relatório da PF agora será encaminhado ao Ministério Público Federal, que decidirá se apresenta denúncias no caso. Enquanto isso, o escândalo envolvendo a falsificação do certificado de vacinação de Bolsonaro continua a gerar repercussão e polêmica no cenário político brasileiro.

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