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Indiciados auxiliares de Bolsonaro em venda de joias árabes: PF encaminha inquérito à PGR para decisão de denúncia ao STF.

O escândalo envolvendo a venda de joias do ex-presidente Bolsonaro ganhou novos desdobramentos com a delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Segundo as informações reveladas, as joias foram vendidas para pagamento em dinheiro vivo ao ex-presidente, que negou ter ordenado a transação e afirmou não ter recebido nenhum valor em troca.

A Polícia Federal concluiu o inquérito e encaminhou o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR), que agora será responsável por analisar as evidências e decidir se irá denunciar Bolsonaro e seus ex-auxiliares ao Supremo Tribunal Federal (STF). Diante dessa situação, Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foram convocados a prestar depoimento à PF em agosto do ano passado, mas optaram por ficar em silêncio.

A defesa do presidente chegou a solicitar a anulação do processo, mas o pedido foi negado pela ministra Cármen Lúcia. O caso veio à tona em março de 2023, quando uma reportagem do jornal O Estado de S.Paulo revelou que um ex-ministro tentou entrar no país com joias da Arábia Saudita destinadas a Bolsonaro, mas os itens foram retidos pela Receita Federal.

Inicialmente, a investigação da PF se concentrava em dois kits de joias recebidos em 2021, mas posteriormente descobriu-se um terceiro kit, de 2019. Entre os itens estavam brincos de diamantes, anéis, abotoaduras, uma caneta da marca Chopard, um rosário árabe e dois relógios. Além disso, Bolsonaro teve que devolver ao Tribunal de Contas da União um kit de armas sauditas recebido em viagem ao país.

Diante desses fatos, o desfecho desse caso ainda está em aberto, e espera-se que a PGR tome as medidas necessárias para esclarecer a conduta do ex-presidente e seus envolvidos nesse episódio controverso. A sociedade aguarda por justiça e transparência nessa investigação que tem gerado repercussão em todo o país.

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