Indicação de Gabriel Galípolo como presidente do BC já é dada como certa pelo Senado e gera expectativas no mercado financeiro

Gabriel Galípolo é o nome que o mercado financeiro espera como o próximo presidente do Banco Central (BC). Atualmente diretor de Política Monetária, Galípolo é visto como o principal coordenador das expectativas de inflação e sua nomeação para o cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, já é praticamente certa pelo Senado.

O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Vanderlan Cardoso, afirmou que não haverá surpresas de última hora em relação ao nome de Galípolo. Ele afirmou que o Senado irá pautar rapidamente a sabatina e votação, sem ficar segurando o processo.

Dentro da CAE, alguns senadores expressaram preferência para que a indicação ocorra em setembro, após a próxima reunião do Copom, em vez de agosto, como prevê boa parte do mercado financeiro. A fala de Galípolo em um evento em Belo Horizonte, onde declarou que subiria os juros se necessário para atingir a meta de inflação, foi vista como um movimento duro pelo mercado, impulsionando a alta da Bolsa e a queda do dólar e dos juros futuros.

A declaração de Galípolo sobre a assimetria no balanço de riscos para a inflação também ganhou destaque, mostrando um alinhamento dos diretores do BC na direção de combate à inflação. O presidente da CAE, Vanderlan Cardoso, não vê problemas na aprovação de Galípolo pelo Senado e afirmou que ele atende bem a todos e não desentona em relação aos diretores anteriores.

A antecipação da indicação de Galípolo é vista como positiva por alguns parlamentares e membros do governo, visando dar maior previsibilidade e evitar incertezas no cenário internacional. Fernando Haddad, do Ministério da Fazenda, destacou a importância da transição no BC e a necessidade de redução do impacto dessa mudança.

Em meio a especulações e movimentos políticos, Galípolo se destaca como o favorito para assumir a presidência do BC, mostrando compromisso com o controle da inflação e alinhamento com as diretrizes do governo. A definição do novo presidente do BC é vista como um passo importante para a economia brasileira, demonstrando coerência e estabilidade nas políticas monetárias.

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