Segundo especialistas, o padrão climático El Niño, agravado pelas mudanças climáticas, contribui para a seca dos rios e interrompe as inundações sazonais do pantanal, tornando o ecossistema ainda mais vulnerável aos incêndios. Dados do Inpe mostram que de janeiro a junho de 2024, os focos de incêndio na região aumentaram em espantosos 974% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O desastre ambiental que assola o pantanal pode superar a catástrofe do ano de 2020, quando cerca de 17 milhões de vertebrados foram dizimados pelo fogo. Espécies ameaçadas de extinção, como a onça-pintada, a anta e o tamanduá-bandeira, têm seus habitats destruídos, aumentando ainda mais a pressão sobre esses animais.
Com a chegada da estação mais crítica para os incêndios florestais, especialistas alertam para os impactos devastadores que essa situação pode acarretar. Além das perdas de biodiversidade e habitat, a qualidade do solo é comprometida, afetando também a saúde humana.
Diante desse cenário desolador, é urgente a necessidade de ações efetivas para conter o avanço do fogo e proteger a fauna e flora do pantanal. A mudança climática e as queimadas representam ameaças reais e imediatas, exigindo medidas urgentes para preservar esse importante patrimônio da Unesco e garantir a sobrevivência das espécies que lá habitam.