Laetitia Richard, de 39 anos, e sua família estavam finalizando uma caminhada quando notaram a fumaça. Assustados, eles lembraram que no ano passado estavam a uma distância segura de um incêndio na região de Gironda, mas desta vez o perigo estava muito próximo. “Carregamos o que pudemos e partimos. Estamos vivos, isso é o principal”, disse Laetitia.
Outra visitante, Stéphanie Bodinier, de 49 anos, descreveu a situação ao redor da piscina onde ela e sua família estavam relaxando. Ela disse que viu fumaça e cinzas e, ao observar a chegada dos aviões de combate ao fogo, decidiram pegar suas coisas e sair imediatamente.
O incêndio no acampamento foi um alerta para os perigos da seca na região. Eric Brocardi, porta-voz da Federação Nacional de Bombeiros da França, destacou que os Pirenéus Orientais têm enfrentado um aumento da seca desde o início do ano. Embora muitas ações preventivas tenham sido realizadas pelos bombeiros, o incêndio mostrou que a região é um verdadeiro barril de pólvora.
Em resposta ao desastre, o ministro da Transição Ecológica, Christophe Béchu, anunciou que fará uma avaliação dos danos e visitará um dos parques de campismo afetados, além de dialogar com os agentes mobilizados para combater o incêndio. A ministra responsável pelas Comunidades Territoriais, Dominique Faure, também foi mobilizada para realizar uma primeira avaliação dos estragos.
As autoridades estão empenhadas em analisar as causas do incêndio e buscar soluções para evitar que tragédias como essa se repitam. Enquanto isso, os visitantes do acampamento Chênes Rouges se recuperam do susto e agradecem por estarem vivos. A situação serve como um lembrete da importância da prevenção contra incêndios em regiões propensas a secas e altas temperaturas.