A situação é bastante preocupante, uma vez que o local é de difícil acesso e a fumaça gerada pelo incêndio está prejudicando a qualidade do ar na região. Moradores da vila Magibras, que é uma das áreas mais afetadas, relatam que a presença de restos de madeira no solo aumenta a combustão e facilita a propagação do fogo, incluindo de forma subterrânea, o que torna o combate ainda mais desafiador.
Diante da iminência das chamas chegarem perto de suas residências, alguns moradores gravaram vídeos para mostrar a situação e pedir ajuda às autoridades. Em um desses vídeos, a moradora Márcia Furtado, de 39 anos, descreveu a situação caótica em que se encontram, com postes prestes a tombar e a energia elétrica já comprometida.
Os relatos indicam que o fogo está se alastrando rapidamente e causando impactos negativos na saúde da população local. A técnica de enfermagem Maria Trindade, de 48 anos, informou que o posto de saúde da comunidade registrou um aumento nos atendimentos por problemas respiratórios, ocasionados pela inalação da fumaça.
A situação é agravada pela seca na região, que foi intensificada pelas mudanças climáticas. Luís Barbosa, membro de uma ONG local, alertou que a seca extrema pode favorecer incêndios ainda mais severos nos próximos meses. Desde 2023, a região já vem sofrendo com queimadas, afetando diretamente as comunidades tradicionais.
É importante ressaltar que o Pará foi o estado com mais queimadas no Brasil em 2023, conforme registros oficiais. Para este ano, os especialistas alertam para uma situação crítica, possivelmente igual ou até pior que em temporadas anteriores.
Diante desse cenário preocupante, as autoridades locais e o Corpo de Bombeiros Militar do Pará precisam adotar medidas urgentes para conter o avanço do incêndio e proteger as comunidades afetadas. Além disso, a conscientização sobre a importância da preservação ambiental e do combate às mudanças climáticas se faz cada vez mais necessária para evitar tragédias como essa no futuro.