No cenário político, a ascensão da extrema direita europeia tem gerado debates sobre o extremismo e a normalização de discursos radicais. No Brasil, essa discussão se concentra menos nas características do extremismo europeu e mais na aceitação de uma versão higienizada do neofascismo como única alternativa para conter movimentos progressistas.
Os conceitos relacionados à extrema direita são moldados por posições políticas e históricas. O partido de Marine Le Pen, por exemplo, lidera uma coalizão de direita no espectro político europeu, mesmo após tentativas de distanciamento de discursos neo-nazistas. A ideologia de Le Pen ainda está fundamentada em concepções étnico-raciais, mesmo que tenha suavizado o antissemitismo por questões estratégicas.
O racismo, o antissemitismo e a xenofobia continuam sendo pilares do extremismo de Le Pen, e a maneira como essas ideias afetam diferentes grupos sociais é um tema central nas discussões sobre a extrema direita. No Brasil, a chegada de versões moderadas do neofascismo pode representar um desafio para a democracia e os direitos humanos.
Em meio a esse contexto de polarização e radicalização política, é fundamental refletir sobre os valores que orientam a sociedade e rejeitar a banalização das barbaridades que permeiam nosso cotidiano. A busca por um debate mais maduro e consciente sobre a extrema direita é essencial para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.