No entanto, a reação do ministro do Exterior de Cuba, Bruno Rodríguez, foi completamente oposta. Ele criticou duramente as novas regras, afirmando que não alteram os impactos cruéis e a sufocação econômica imposta às famílias cubanas. Para ele, as medidas visam apenas dividir a sociedade cubana e enfatizam a inclusão de Cuba na lista dos patrocinadores estatais do terrorismo.
O economista Ricardo Torres, da American University de Washington, reconheceu aspectos positivos nas medidas adotadas, destacando sua adequação à mudança da realidade em Cuba e o favorecimento de setores como o de criação de software. No entanto, ele alerta para a diferença entre a intenção e a prática, apontando as numerosas restrições ainda existentes que podem limitar a eficácia das mudanças.
Torres também ressaltou a preocupação com a possibilidade de litígios judiciais por parte de bancos e empresas dos EUA, que podem buscar se proteger diante das incertezas quanto à manutenção das medidas pelo próximo governo americano. Diante disso, ele prevê que a aplicação das novas políticas será bastante limitada.
Em resumo, as novas políticas em relação a Cuba têm gerado divergências de opinião e expectativas quanto aos seus impactos reais. Enquanto alguns veem avanços positivos, outros destacam as limitações e incertezas que ainda cercam a relação entre os dois países.
