De acordo com a senadora Mara Gabrilli, relatora da comissão, a visita ao aeroporto de Guarulhos evidenciou condições desumanas enfrentadas por cerca de 400 pessoas que buscam refúgio no Brasil, principalmente imigrantes vindos da Índia, Paquistão, Afeganistão e outros países asiáticos e africanos. A falta de produtos básicos de higiene, alimentos e até mesmo medicamentos foi observada, retratando a situação precária em que se encontravam os refugiados.
O presidente da comissão, deputado Túlio Gadêlha, destacou a estabilização da situação no aeroporto, mas ressaltou a preocupação com a falta de estrutura e o descaso de algumas companhias aéreas em fornecer suporte adequado aos imigrantes e refugiados. Gadêlha também apontou que episódios como esse têm se repetido nos últimos anos, com diferentes grupos de pessoas barradas no aeroporto.
Livia Lenci, consultora da Organização Internacional para as Migrações (OIM), ressaltou a importância de se adotar uma abordagem baseada nos direitos humanos para garantir a dignidade das pessoas inadmitidas no aeroporto. A mudança na dinâmica desse fenômeno nos últimos anos foi evidenciada, com um aumento significativo no número de solicitações de refúgio por dia, como informou o delegado da Polícia Federal, Rodrigo Weber de Jesus.
Diante disso, a falta de fiscalização das companhias aéreas e a ausência de um acompanhamento mais efetivo por parte dos órgãos competentes contribuem para agravar a situação dos imigrantes e refugiados que buscam abrigo no Brasil. Medidas mais assertivas e humanitárias precisam ser adotadas para garantir o acolhimento adequado dessas pessoas e para evitar que episódios como esse se repitam no futuro.






