O novo livro “Um Naturalista no Antropoceno”, escrito por Mauro Galetti, pesquisador do Centro de Pesquisa em Biodiversidade e Mudanças Climáticas da Unesp de Rio Claro, revela histórias impressionantes e alarmantes sobre a destruição ecológica nessas ilhas paradisíacas. Galetti, conhecido por seus estudos em revistas científicas, agora reúne seus achados para mostrar como a influência humana se tornou tão poderosa quanto eventos geológicos naturais.
O Antropoceno, ou “Era da Humanidade”, é o termo usado para descrever a transformação do mundo desde o século XX devido à atividade humana. Mesmo que a classificação oficial tenha sido rejeitada por geólogos, a ideia continua sendo uma forma esclarecedora de compreender as mudanças ambientais atuais.
Galetti destaca a biodiversidade desequilibrada em ilhas como Galápagos e Fernando de Noronha, onde espécies invasoras dominam as paisagens que antes eram repletas de vida nativa. O autor ressalta como a agricultura, a pecuária e o comércio internacional têm contribuído para a destruição dos ecossistemas naturais.
Um fato perturbador discutido por Galetti são os “frutos órfãos”, que evoluíram para serem dispersos por mamíferos e aves de grande porte, mas hoje estão desaparecendo devido à extinção desses animais. As consequências da perda de biodiversidade são alarmantes, mas o autor enfatiza que ainda é possível reverter esse cenário, destacando a importância de cada espécie na manutenção do equilíbrio ambiental.
O livro de Mauro Galetti não apenas documenta a devastação ambiental, mas também incentiva a ação para preservar a riqueza da vida presente em nosso planeta. É um chamado urgente para a conscientização e a proteção da biodiversidade que ainda resta nas ilhas e em todo o mundo.