Ibovespa enfrenta queda após recorde de fechamento e investidores aguardam novidades econômicas no Brasil e no exterior

Em meio a um cenário de incertezas e espera por novidades, o Ibovespa registrou uma queda nesta quinta-feira, 29, após atingir uma nova marca histórica de fechamento na quarta-feira. Mesmo com altas moderadas nos índices de ações em Nova York e um avanço de mais de 2,00% nas cotações do petróleo no exterior, o principal índice da bolsa brasileira apresentou recuo. Além disso, o mercado também acompanhou de perto o desempenho positivo do minério de ferro em Dalian, na China, que registrou um avanço de 0,53%.

Segundo Diego Faust, operador de renda variável da Manchester Investimentos, as ações das mineradoras foram responsáveis por sustentar um pouco mais o mercado, mas a ausência de grandes novidades levou alguns investidores a aproveitarem para embolsar lucros. Kevin Oliveira, sócio e advisor da Blue3, enfatizou que a lateralização do Índice Bovespa reflete um momento de expectativa dos investidores, aguardando por dados como o PCE mensal nos Estados Unidos e as próximas declarações de Gabriel Galípolo, recém-confirmado para assumir a presidência do Banco Central.

A alta do Índice Bovespa na quarta-feira, impulsionada pela confirmação da indicação de Galípolo para o BC, foi bem recebida pelos investidores. Marcelo Vieira, head da mesa de renda variável da Ville Capital, destacou que o mercado vê com bons olhos a autonomia do BC e o compromisso com as metas de inflação. No entanto, o compasso de espera se mantém diante da expectativa em relação aos próximos dados econômicos e à possível elevação da taxa Selic pelo Copom em setembro.

A divulgação do PCE mensal relativo a julho, as expectativas de queda nos juros nos EUA e a postura de Galípolo diante das pressões políticas são fatores que seguem sendo acompanhados de perto pelo mercado. Ainda assim, a preocupação com o cenário econômico global e as expectativas inflacionárias mantêm os investidores cautelosos.

Por volta das 11h20, o Ibovespa registrava queda de 0,59%, aos 136.527,09 pontos, enquanto o dólar apresentava alta de 1,67%, negociado a R$ 5,6480. Nas empresas mais sensíveis aos juros, como Azul e CVC, a tendência era de queda, enquanto Gerdau se destacava com uma valorização de 2,55%.

Diante do cenário de incertezas e expectativas por dados econômicos importantes, o mercado financeiro segue em compasso de espera por novidades que possam influenciar os rumos da economia global e, consequentemente, dos investimentos no Brasil.

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