Mesmo com o recuo de 1,08% do minério de ferro em Dalian, na China, e o aumento de 1,52% do Índice Bovespa, que fechou em 130.614,59 pontos na sexta-feira anterior, o mercado brasileiro segue em ascensão. Na semana, o índice apresentou uma valorização de 3,78%.
Segundo Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, a recente queda das bolsas americanas, causada pelo receio de uma recessão nos Estados Unidos, foi exagerada. A recuperação observada nos últimos dias foi impulsionada por essa percepção de exagero.
Além disso, os investidores estão atentos aos sinais moderados de alívio na expectativa da inflação brasileira para 2025. O boletim Focus divulgado apresentou uma diminuição na projeção para o indicador, passando de 3,98% para 3,97%.
A economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, destacou a queda na projeção da inflação como uma notícia positiva. No entanto, ela ressaltou que isso não significa uma mudança significativa no cenário econômico, especialmente após o IPCA de julho vir acima das expectativas, elevando as apostas de alta da Selic.
Apesar de o IPCA de 2025 ser o principal foco da política monetária, Spiess acredita que os agentes do mercado estão mais preocupados com a inflação de curto prazo. A aproximação do índice de 4,06% do teto da banda do Banco Central desperta atenção para o curto prazo.
Com relação ao cenário fiscal, a corretora Monte Bravo manteve sua projeção para o Índice Bovespa no final do ano em 145 mil pontos, apesar da recente deterioração nos mercados. O estrategista-chefe da corretora, Alexandre Mathias, ressaltou que muitos papéis podem ter desempenho superior ao índice.
Por fim, os investidores estão ansiosos por novos sinais da economia americana, especialmente em relação ao CPI que será divulgado na quarta-feira. A expectativa é que, se os resultados forem positivos, os preços de ativos de risco globais possam se beneficiar.
Em meio a essas movimentações, o Ibovespa continuou apresentando valorização, atingindo os 131.241,71 pontos na segunda-feira, com destaque para a Petrobras e os grandes bancos. O mercado segue atento aos desdobramentos econômicos globais e aos indicadores que serão divulgados ao longo da semana.