Apesar do início animador, o principal indicador da B3 oscilou entre momentos de queda e alta ao longo do dia. Essa instabilidade foi influenciada pela fraqueza das bolsas americanas e pelo recuo do preço do petróleo, que impacta diretamente as ações da Petrobras. Na sexta-feira, o Índice Bovespa encerrou com uma pequena queda de 0,21%, mas ao longo da semana registrou um aumento de 1,27%.
Os investidores agora aguardam por sinais da política monetária americana, que podem ser fornecidos no discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, em um evento ainda hoje. Além disso, a divulgação do payroll de setembro nos EUA nos próximos dias também é aguardada com expectativa.
Para os especialistas, a semana deve ser desafiadora, com possíveis impactos do agravamento do conflito entre Israel e o Hezbollah. No entanto, há espaço para uma recuperação do Ibovespa, que poderia ultrapassar os 134 mil pontos e atingir os 137 mil pontos, segundo previsões de Alvaro Bandeira, coordenador de Economia da Apimec Brasil.
No cenário nacional, as questões fiscais e inflacionárias ainda requerem cautela e um possível aumento da taxa de juros. Mesmo com a redução da estimativa para a inflação suavizada nos próximos 12 meses, a projeção para a Selic no final do ano subiu para 11,75%. Enquanto isso, a China anunciou novas medidas de estímulo para impulsionar sua economia, como a autorização de refinanciamento de hipotecas para compradores de moradias.
No meio da manhã, o Ibovespa operava próximo à estabilidade, com destaque para o desempenho positivo da Vale ON e a queda nas ações da Petrobras. As ações do setor varejista também apresentaram variações significativas, com Assaí e Carrefour registrando perdas e Vamos ON apresentando um crescimento de 4%. O mercado segue atento aos desdobramentos econômicos e políticos, tanto no cenário nacional quanto internacional.