Houellebecq, reconhecido como uma das maiores estrelas literárias internacionais da França, é famoso por suas visões pessimistas e críticas do mundo moderno. Seus romances frequentemente exploram temas como o declínio provocado pela revolução sexual, consumismo e globalização.
A resposta da IA desagradou Antoine Gallimard, que enfatizou que a máquina não considerou “a complexidade da experiência humana”, aplicando valores que ele considera serem da “costa oeste dos Estados Unidos”. Para Gallimard, a IA se atreve a dizer o que é certo e errado pensar.
Quando interrogada sobre a posição de Houellebecq em relação às mulheres que usam o hijab, a IA inicialmente emitiu uma resposta que foi rapidamente excluída. A justificativa dada foi a de que a máquina não poderia gerar conteúdo que perpetuasse estereótipos ou discriminação prejudiciais.
Houellebecq já havia expressado sua visão sobre o uso do hijab na França como um sinal de erosão dos valores e das liberdades ocidentais. Essa controvérsia levantou debates sobre a capacidade das inteligências artificiais de compreender e representar adequadamente a diversidade e a complexidade da experiência humana.
A discussão em torno dessa situação evidencia os desafios éticos e morais que acompanham o avanço da tecnologia e seu papel na criação de conteúdo cultural e artístico. A polêmica também levanta questões sobre a liberdade de expressão e os limites da intervenção humana em processos criativos automatizados.