Ana Maria se destacou na escola pública do Ipiranga e posteriormente ingressou na Universidade de São Paulo (USP), onde estudou farmácia com foco em controle de qualidade e práticas de fabricação. Sua competência e classe a levaram a liderar equipes em laboratórios nacionais e multinacionais, sendo frequentemente a única mulher presente nas reuniões corporativas da época, marcadas pelo machismo reinante.
Além de trabalhar em laboratórios e ter uma drogaria, Ana Maria também foi conselheira regional e federal de farmácia antes de ingressar na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na Anvisa, ela inspecionava laboratórios que queriam exportar para o Brasil e se destacava por sua perfeccionismo, vetando aqueles que não atingiam os padrões exigidos e exigindo mudanças.
Em 1990, Ana Maria abriu uma consultoria que realizava auditorias e treinamentos em diversos países, o que a levou a homenagens e reconhecimento ao longo de sua carreira. Até o final de sua vida, ainda estava ativa, com clientes marcados até dezembro e planejando sua agenda para 2024.
Entretanto, a vida de Ana Maria não foi isenta de perdas e desafios. Ela perdeu seu marido para o câncer em 2006, mas também encontrou momentos de alegria e luz com o nascimento de seus netos, que passaram a fazer parte importante de sua agenda.
Infelizmente, a morte chegou para Ana Maria após uma batalha contra um câncer nos canais biliares, que a deixou hospitalizada por três meses. Mesmo com uma viagem de comemoração aos seus 70 anos planejada, a doença não deu trégua e a impediu de realizar seu último desejo.
Ana Maria faleceu no dia 4 de setembro, deixando um legado de competência, força e dedicação ao trabalho. Sua história é marcada por superações e, mesmo diante das perdas, ela seguiu em frente com determinação.
O velório de Ana Maria foi realizado conforme seu pedido, com rosas vermelhas e brancas, celebrando sua passagem e deixando a certeza de que seu legado e memória serão sempre lembrados.
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