Repórter São Paulo – SP – Brasil

Homem é preso em Macaé por armazenar arquivos de abuso sexual infantil durante a Operação Angelus da Polícia Federal

Na última sexta-feira (9), a Polícia Federal realizou a prisão em flagrante de um homem durante a Operação Angelus, em Macaé, no norte fluminense, por armazenar arquivos com conteúdos relacionados a abuso sexual infantil. As investigações, conduzidas pela Delegacia de Polícia Federal em Macaé com a cooperação de uma ONG norte-americana, revelaram que o indivíduo havia baixado e armazenado 945 arquivos contendo material relacionado à pedofilia.

Durante o cumprimento do mandado de busca pessoal, foi encontrado no celular do preso uma grande quantidade de arquivos, o que resultou em sua prisão pelo crime de armazenamento de conteúdos ligados ao abuso sexual infantil, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente. O aparelho celular apreendido será submetido à perícia para confirmar se o homem também compartilhava esse material e o utilizava para aliciar crianças nas redes sociais.

O delegado da Polícia Federal, Giuliano Gucco, ressaltou que um ponto que chamou atenção dos policiais foi a presença de uma conta ativa em uma rede social com publicações de forte apelo infantil por parte do preso. Esse perfil, que parecia inofensivo, na realidade servia como uma armadilha para atrair e ganhar a confiança de crianças. O preso chegou a enviar arquivos relacionados a abuso sexual infantil para uma menina de 9 anos, com a intenção de aliciá-la.

A operação Angelus recebeu esse nome em referência ao trabalho da Polícia Federal em livrar crianças e adolescentes da prática da pornografia infantil. Com a aprovação da Lei nº 14.811, em janeiro de 2024, o crime de armazenamento de conteúdo de abuso sexual infantojuvenil passou a ser considerado hediondo e inafiançável. A lei também institui medidas de proteção contra a violência nos estabelecimentos educacionais, além de prever a prevenção e combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes.

O preso, cuja pena pelos delitos investigados pode chegar a 13 anos de reclusão, foi encaminhado ao sistema prisional do estado e ficará à disposição da Justiça para responder pelos crimes cometidos.

Exit mobile version