Os dados sobre feminicídios e homicídios femininos divulgados pelo Fórum de Segurança Pública (FBSP) revelam uma realidade alarmante. Enquanto os índices de crimes contra a vida vinham apresentando queda a nível nacional, as ocorrências de violência contra a mulher estavam em ascensão. O Monitor da Violência, elaborado pelo G1 em parceria com o FBSP e o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo, constatou que os feminicídios e homicídios femininos aumentaram 2,6% no primeiro semestre do ano passado, contrastando com a redução de 3,4% nos demais crimes violentos.
Em entrevista, Isabela Sobral, supervisora do núcleo de dados do FBSP, ressaltou a importância da Lei Maria da Penha na prevenção do assassinato de mulheres. Ela destacou que a medida protetiva de urgência é um instrumento fundamental para evitar a violência doméstica e o feminicídio, porém ressaltou a necessidade de sua efetiva aplicação. Estudos demonstram que a maioria das vítimas de feminicídio não possuía essa proteção contra o agressor, evidenciando a urgência de medidas mais eficazes para garantir a segurança das mulheres em situações de risco.
O caso em Tupã reforça a necessidade de políticas mais eficazes de proteção às mulheres vítimas de violência doméstica. A sociedade como um todo precisa se mobilizar para combater esse tipo de crime e garantir a segurança e os direitos das mulheres em todo o país. É fundamental que casos como esse não sejam apenas manchetes de jornais, mas sim um chamado à ação para a promoção de uma sociedade mais igualitária e justa para todas as pessoas.