Naim Qassem ocupava o cargo de segundo homem do Hezbollah desde 1991, quando foi nomeado por Abbas al-Musawi, que foi morto em um ataque israelense no ano seguinte. Permanecendo como braço-direito de Nasrallah durante o seu tempo como líder do grupo, Qassem desempenhou um papel importante como porta-voz do Hezbollah, especialmente durante confrontos na fronteira com Israel no último ano.
A morte de Nasrallah em setembro deste ano foi um golpe duro para o Hezbollah, que viu também a eliminação de Hashem Safieddine, apontado como seu sucessor mais provável, em ataques israelenses poucos dias depois. Desde então, Qassem já fez três discursos na televisão, incluindo um pronunciamento no qual expressou apoio aos esforços em busca de um cessar-fogo no Líbano.
A sucessão de Nasrallah por Naim Qassem representa uma continuidade dentro do Hezbollah, que mantém sua postura hostil em relação a Israel e sua influência no cenário político e militar do Líbano. O novo líder enfrentará desafios significativos pela frente, especialmente diante das tensões na região e das pressões internacionais sobre o grupo. A nomeação de Qassem como secretário-geral do Hezbollah certamente terá impactos importantes na dinâmica do Oriente Médio nos próximos anos.
