Haddad afirma que políticos devem ser pragmáticos e desapegados de dogmas.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concedeu uma entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo na qual falou sobre sua posição em relação aos rótulos e seu papel no governo. Segundo Haddad, ele foi escolhido para ocupar o cargo por não estar preso a dogmas econômicos.

Haddad afirmou que os rótulos não ajudam a encontrar soluções e que é necessário ter um senso prático para ocupar um cargo político. Segundo ele, o presidente Lula preferiu alguém que não fosse economista de formação, mas que tivesse esse senso prático. “A pessoa muito apegada a dogmas não terá”, ressaltou o ministro.

Questionado sobre sua identificação política, Haddad se definiu como um progressista de esquerda. No entanto, ele destacou que não acredita que o Estado deva se comprometer com dívidas irresponsáveis. “Não consigo compreender quem se diz progressista e defende ponto de vista [de dívida]”, declarou.

Haddad também ressaltou a importância de corrigir os abusos cometidos no período eleitoral. Segundo ele, o país está em um momento de transição e é preciso começar a corrigir os erros do passado. Ele citou como exemplos de situações em que o Estado precisa fazer déficit a pandemia da Covid-19 e uma guerra.

O ministro ainda destacou que o Brasil não está enfrentando ataques especulativos e mencionou a queda do dólar, que está abaixo de R$ 5. Ele se mostrou otimista em relação à economia do país e afirmou que estamos caminhando para uma situação mais “civilizada”.

A entrevista foi gravada na última sexta-feira e divulgada nesta segunda-feira pelo canal de Reinaldo Azevedo. Haddad mostrou-se aberto a novas ideias e disposto a enfrentar os desafios econômicos do país. Sua postura pragmática e sua visão de progresso são características que podem contribuir para uma gestão eficiente na Fazenda.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo