Guardas civis acusados de lavagem de dinheiro em esquema de milícia privada na região central de São Paulo.

As investigações do Ministério Público de São Paulo apontam para um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo agentes que utilizavam laranjas, como parentes e empresas, para ocultar a origem dos valores provenientes das cobranças das “taxas de proteção”. De acordo com a denúncia, foram identificadas dezenas de transações suspeitas através do sistema PIX, bem como depósitos em dinheiro.

Os quatro acusados foram denunciados por constituição de milícia privada, crime de concussão e lavagem de capitais. Os nomes de Elisson de Assis, Tiago Moreira da Silva, Antonio Carlos Amorim Oliveira e Renata Oliva de Freitas Scorsafava estiveram em evidência após as denúncias feitas pelo MP-SP.

O Ministério Público ressaltou que os denunciados exigiram vantagens indevidas em razão de suas funções como guardas-civis metropolitanos, cobrando taxas de proteção e segurança de comerciantes da região central da cidade de São Paulo. A gravidade da situação levou a Prefeitura de São Paulo a solicitar ingresso como assistente de acusação no processo em andamento.

O UOL tentou entrar em contato com a defesa dos acusados, mas até o momento não houve retorno. A Prefeitura informou que Elisson de Assis e Rubens Alexandre Bezerra já foram exonerados da corporação, e os demais denunciados estão afastados de suas funções até a conclusão do processo.

A operação desencadeada pelo Gaeco no início do mês na “cracolândia” teve como objetivo desestabilizar uma rede de crimes, incluindo não apenas os guardas acusados de formação miliciana, mas também criminosos associados ao PCC. Foram cumpridos 117 mandados de busca e apreensão em endereços localizados na região central de São Paulo.

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