Os deputados Hildo Rocha (MDB-MA) e Luiz Gastão (PSD-CE) destacaram a intensa agenda de atividades, com dezenas de audiências públicas e eventos específicos para discutir os aspectos da reforma tributária. Rocha, que coordena o grupo que analisa a tributação sobre consumo, mencionou a realização de 20 audiências públicas e mais de 140 encontros com setores específicos, totalizando quase mil expositores ouvidos.
Uma das preocupações levantadas durante as discussões está relacionada aos possíveis impactos da reforma na empregabilidade. Central sindicais apontam que, embora a reforma possa trazer mais produtividade e renda ao abrir espaço para investimentos, há receios quanto a um aumento de preços em determinados setores. Eduardo Maia, da Nova Central Sindical de Trabalhadores, ressaltou a importância de garantir que a carga tributária não recaia desproporcionalmente sobre os trabalhadores da classe média.
Além disso, houve pedidos para uma maior taxação da renda e do patrimônio, de forma a viabilizar uma redução na tributação sobre o consumo. Debatedores defenderam a taxação de lucros e dividendos, bem como a regulamentação do Imposto sobre Grandes Fortunas, previsto na Constituição. O deputado Hildo Rocha ressaltou a importância de compreender esse imposto, afirmando que a tributação recai sobre indivíduos de alta renda, que possuem recursos significativos.
Por fim, a expectativa é de que a reforma tributária possa impulsionar a geração de empregos de melhor qualidade, reduzindo o peso sobre produtos industrializados e estimulando a agregação de valor aos produtos nacionais. O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) enfatizou a importância de gerar mais empregos com maior valor agregado e destacou estudos que apontam para a criação de 12 milhões de novos postos de trabalho em uma década.
Diante dessas discussões e perspectivas, o desafio dos parlamentares será encontrar um equilíbrio entre as demandas dos diversos setores e os objetivos de justiça social e desenvolvimento econômico almejados pela reforma tributária.
