Repórter São Paulo – SP – Brasil

Greve unificada atinge transportes em São Paulo e passageiros enfrentam dificuldades na estação Itaquera.

Na madrugada desta terça-feira (28), a estação Itaquera, localizada na zona leste da capital paulista, amanheceu com seus acessos fechados devido ao início da terceira greve a atingir os transportes neste ano. Por volta das 4h20, os passageiros que tentavam embarcar nas linhas 3-vermelha do metrô ou na 11-coral do trem não conseguiam subir as escadas que levam às catracas. Somente às 4h30, o acesso para os trens foi liberado, no entanto, a circulação na linha 11-coral está limitada ao trecho entre Guaianases e Luz.

A paralisação reúne diferentes pautas e conta com a participação de trabalhadores do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), da Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado), professores da rede pública e servidores da Fundação Casa. Contudo, as linhas privatizadas do metrô (4-amarela e 5-lilás) e de trens metropolitanos (8-diamante e 9-esmeralda) não foram afetadas pela greve.

No dia anterior, a Justiça do Trabalho havia determinado que funcionários do Metrô trabalhassem com 80% da capacidade total nos horários de pico. A greve, que é unificada de várias categorias de funcionários públicos estaduais, é uma manifestação contra os planos de privatização do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Além da privatização da Sabesp e de outros setores, as reivindicações incluem a falta de estrutura de emprego na zona leste da cidade. Tiago Silva, morador de Guaianases, ressaltou que a pessoa que mora nessa região precisa atravessar a cidade para trabalhar, enfrentando até duas horas de locomoção. Ele também mencionou o atraso nas obras de metrô, previstas para 2020 e que ainda não foram finalizadas.

Outras pautas relacionadas às decisões da gestão Tarcísio também estão entre os argumentos dos trabalhadores para justificar a greve unificada, como o corte de 5% no orçamento da educação e o leilão da Linha 7-Rubi da CPTM, marcado para 29 de fevereiro de 2024, segundo comunicado do Sindicato dos Metroviários.

Diante desse cenário, o desembargador estabeleceu que o horário de pico considerado é das 6h às 9h e das 16h às 19h, exigindo um efetivo mínimo de 80% nesses períodos e de 60% nos demais horários. A greve, que é um direito constitucional dos trabalhadores, reflete a insatisfação e o descontentamento com as políticas adotadas pelo governo, dando voz aos anseios de um setor importante da sociedade paulistana.

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