Repórter São Paulo – SP – Brasil

Greve de pilotos da Aerolíneas Argentinas causa caos no tráfego aéreo argentino com cancelamento de 319 voos.

Uma greve de pilotos da Aerolíneas Argentinas iniciada na sexta-feira (13/9) está causando transtornos no tráfego aéreo argentino neste sábado, 14. De acordo com informações do jornal La Nación, 319 voos já foram cancelados, impactando diretamente 37 mil passageiros. A paralisação, que tem duração de 24 horas e ocorre no Aeroparque Jorge Newbery, o aeroporto mais próximo do centro de Buenos Aires, afeta não apenas os voos da principal companhia aérea argentina, mas também voos de empresas menores, uma vez que funcionários da estatal de serviços de infraestrutura aeronáutica Intercargo também aderiram à greve.

Os pilotos estão reivindicando um reajuste salarial de 25%, valor superior aos 11% propostos pelo governo Javier Milei. A situação fica ainda mais tensa com a demissão de três pilotos grevistas pela Aerolíneas Argentinas, o que gerou críticas por parte da Associação Pilotos de Linhas Aéreas (Apla) e da Associação Argentina de Aeronavegantes (AAA). Para os sindicatos, a demissão dos pilotos é ilegal e constitui um ato de intimidação por parte da empresa.

A Apla divulgou uma nota em suas redes sociais denunciando a atitude da empresa e alegando abuso de autoridade. A associação afirma que a situação só será resolvida quando os salários forem recompostos e os pilotos demitidos forem reintegrados. O clima de tensão entre os funcionários e a empresa promete se estender até que um acordo seja alcançado.

Privatizada nos anos 1990 e posteriormente retornando à gestão estatal em 2008, a Aerolíneas Argentinas enfrenta mais um desafio em meio a essa greve que impacta diretamente a operação aérea do país. Os passageiros afetados pelos cancelamentos de voos buscam alternativas, enquanto a empresa e os sindicatos tentam chegar a um consenso para encerrar o movimento grevista e normalizar a situação nos aeroportos argentinos.

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