A greve dos trabalhadores rodoviários, iniciada ontem (12), tem como principais reivindicações o aumento salarial e o fim do controle das jornadas de trabalho por GPS, que permite o rastreamento remoto via satélite. As negociações entre o sindicato que representa os trabalhadores e as empresas de ônibus têm sido infrutíferas, com os rodoviários pedindo 5% de aumento, além da reposição da inflação, enquanto as companhias oferecem apenas 0,5% de aumento real e um pequeno aumento no valor do vale-alimentação, recusado pelos trabalhadores.
Diante do impasse, o Grande Recife Consórcio de Transportes solicitou intervenção da Justiça para garantir a operação de uma frota mínima durante a greve, visando minimizar os impactos para a população. O Tribunal Regional do Trabalho determinou a circulação de 60% dos ônibus durante o horário de pico e 40% nos demais horários, sob pena de multas diárias.
Uma audiência de conciliação foi agendada para tentar resolver o conflito entre as partes, porém o Sindicato dos Rodoviários reforçou a necessidade de participação do governo de Pernambuco nas negociações, destacando os altos subsídios públicos destinados às empresas de transporte. O sindicato enfatiza que a mediação do governo estadual é essencial para encontrar uma solução para o impasse.
Enquanto isso, a população segue enfrentando transtornos devido à paralisação dos ônibus intermunicipais, demonstrando a importância de um diálogo efetivo entre as partes envolvidas para garantir o funcionamento do transporte público e o atendimento às demandas dos trabalhadores.