Integrantes do Diretório Central de Estudantes (DCE) confirmaram o acordo e destacaram que a maioria das reivindicações dos estudantes foi atendida pela universidade. A Unicamp, em nota, informou que, a partir do consenso mútuo, foram realizados ajustes, estabelecidos prazos e formadas comissões de acompanhamento para cada uma das pautas de negociação.
Dentre as reivindicações dos alunos estavam a implantação de cotas trans, cotas para pessoas com deficiência (PCDs) e a garantia de acessibilidade, permanência indígena, melhoria das condições de permanência dos estudantes, defesa da universidade pública, combate à violência sexual e de gênero, contra o uso de ponto eletrônico, contratação de mais professores e funcionários, não punição aos alunos que participaram da mobilização e o afastamento definitivo do professor que teria empunhado uma faca contra os alunos.
Neste sábado, dia 21, o documento com as propostas atendidas e seus respectivos prazos ainda estava sendo elaborado. A reitoria afirmou que enviará um comunicado para toda a comunidade acadêmica sobre as medidas que serão tomadas a partir das negociações. A Reitoria também reforçou seu compromisso com o diálogo, a democracia e a busca por uma universidade plural e inclusiva.
A greve teve início no dia 3 de outubro, após um professor da Unicamp ter sido flagrado empunhando uma faca durante uma abordagem feita por um grupo de alunos que realizava uma mobilização na universidade. Os estudantes protestavam contra a privatização de órgãos estaduais e a precarização do ensino universitário público.
O professor teve a faca apreendida pela polícia e tanto ele quanto o aluno supostamente ameaçado foram levados à delegacia. O docente foi afastado durante o segundo semestre e está respondendo a um processo administrativo disciplinar na universidade. Já a polícia considerou que os alunos teriam se aproximado do professor de forma agressiva. A defesa do professor alega que ele agiu em legítima defesa.