O deputado ressaltou que a gravação não foi realizada de forma clandestina, mas sim com a autorização e conhecimento do presidente. Ele ainda destacou que o objetivo da gravação era registrar um suposto crime cometido contra o chefe de Estado, mas que nada ilegal foi constatado durante o encontro.
A reunião polêmica faz parte dos autos da Operação Última Milha, que desmontou a chamada Abin paralela, um grupo que atuava dentro da Agência Brasileira de Inteligência durante o governo Bolsonaro. O áudio da conversa foi liberado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira.
Durante a reunião, que contou com a presença de Bolsonaro, Ramagem, o chefe do GSI Augusto Heleno, e as advogadas Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, foram discutidas estratégias para lidar com a investigação da operação Furna da Onça, que envolvia Flávio Bolsonaro e outros políticos suspeitos de praticar a chamada rachadinha.
As advogadas presentes na reunião criticaram os métodos da Receita Federal na apuração do caso e solicitaram o auxílio de órgãos do governo para obter provas contra os auditores envolvidos na investigação. Diante da repercussão do áudio, Ramagem defendeu que Bolsonaro sempre se manifestou contrário a qualquer tipo de favorecimento ou tráfico de influência.
O deputado ainda enfatizou que durante a reunião se posicionou contrariamente às sugestões das advogadas e ressaltou que a inteligência não poderia lidar com questões de sigilo bancário e fiscal. Portanto, ele reforçou que não houve qualquer tipo de irregularidade cometida pelo presidente durante o encontro.